Avaliação: ✰✰✰✰
Rogue One: A Star Wars Story - EUA, 2016
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Chris Weitz e Tony Gilroy
Elenco: Felicity Jones, Diego Luna, Ben Mendelsohn, Guy
Herny, Donnie Yen, Mads Mikkelsen, Alan Tudyk, Riz Ahmed, Jiang Wen e Forest
Whitaker.
Sinopse: Jyn Erso é uma
jovem que se vê na missão de acabar com os planos do Império e destruir a
Estrela da Morte. Para isso se junta a um time de Rebeldes.
A história de Rogue One, após tantos filmes e versões de Star Wars, sempre foi uma curiosidade dentro da mitologia da saga. A surpresa, porém, é que este pequeno fato se tornou muito mais importante devido os esforços de seus personagens diante da ameaça promovida pelo Império.
Protagonizada
pela jovem Jyn Erso (Felicity Jones), que criada pelo seu pai Galen Erso (Mads
Mkkelsen) – que é usado pelo Império para construir armas de destruição em
massa -, cresce se refugiando e se escondendo de qualquer ligação com a causa
revolucionária até que se encontra novamente com o radical Saw Gerrera (Forest
Withaker), que por sua vez recebeu uma mensagem de Galen através do piloto
Bhodi Rook (Riz Ahmed) contendo informações secretas sobre o Império. A partir
daí Jyn se une a Cassian Andor (Diego Luna), o irônico doide K-2SO (Alan Tudyk)
e os guerreiros Chirrut Imwe (Donnie Yen) e Baze Malbus (Jiang Wen) numa missão
para destruir a Estrela da Morte.
Contrastando
o tom mais colorido da saga Star Wars, o diretor Gareth Edwards (Godzilla)
utiliza cenas mais sombrias e um humor mais pontual – aqui se destaca o doide
K-2SO e seus comentários irônicos. Além disso, Rogue One tem o desafio de
apresentar novos personagens. E se sai muito bem, pois mesmo não contando com a
presença maior dos personagens clássicos dos filmes anteriores, aqui e ali
somos surpreendidos com inserções de figuras e referências que já conhecemos.
Ainda assim, Edwards tenta dar uma cara própria ao filme quando deixa de exibir
algumas características comuns aos outros, como por exemplo as famosas
transições de cena, os letreiros ascendentes que introduzem a história e ao
colocar Michael Giacchino para compor a trilha sonora (embora esta também
apresente inserções sutis da trilha de John Williams).
Mas
voltando aos personagens temos Jyn que é a personagem mais bem apresentada,
ainda que suas motivações sejam mais pessoais, o roteiro tenta um pouco
forçadamente engajá-la na luta rebelde a ponto de pouco tempo depois ela já
sair liderando uma equipe e é nesta parte da narrativa que o filme se alonga um
pouco mais que o necessário. Cassian é um rebelde que em determinado momento se
questiona pelas coisas que fez em nome da Aliança. Saw Gerrera é um militante
radical e o roteiro é eficiente ao retratar que mesmo entre os revolucionários
há membros mais extremistas. E por último, mas não menos importante, temos o
guerreiro cego Chirrut e seu amigo Baze, que juntos trabalham a dinâmica da fé
e razão no que diz respeito á Força. Se Chirrut (que para mim é um dos melhores
personagens do filme) crê nesta Força – e a “invoca” através de uma frase que repete
como um mantra -, Baze é o oposto.
Optando
por não levar a relação de Jyn e Cassian ao romance, Rogue One também é
eficiente no final de seu terceiro ato que conclui de forma maravilhosa e
emocionante aquela “história” que antes era só um detalhe. Sem contar ainda que
o sentimento de urgência e da busca pela esperança fica ainda mais forte quando
observamos novamente o significado do subtítulo “Uma Nova Esperança”.
Assim
como todos os outros filmes da saga Star Wars, Rogue One é sobre o combate as
forças opressoras de uma elite que insiste em escravizar os demais em nome de
uma moral através da propagação do medo. Não é a toa que o filme traga uma
mulher ao lado de uma variedade étnica (um árabe, um latino e dois chineses) que
lutam também, ainda que subentendido, contra o preconceito.
Domingo,
8 de janeiro de 2017
Por Aquiman Costa