Avaliação: ✰✰✰✰
Moana - EUA, 2016
Direção: Ron
Clements e John Musker
Roteiro: Jared Bush
Elenco: vozes de Auli'i Cravalho e Dwayne Johnson.
Sinopse: Moana é filha de um chefe de uma tribo que
vive numa ilha e desde pequena recebe do mar a missão de devolver uma pequena
pedra a deusa Te Fiti antes que sua ilha seja destruída. Apoiada pela avó e com
ajuda de Maui ela desbrava o oceano para cumprir sua missão.
Há algum tempo a Disney vem desconstruindo seu conceito de princesas e com Moana o estúdio de animação vai além: a personagem chega inclusive a rejeitar o título em determinado momento, provando sua independência e força para ser protagonista de sua própria história. Isso já vinha sendo trabalhado desde obras como A Princesa E O Sapo, Valente e Frozen.
Nascida
em uma ilha em que seu pai é o chefe, Moana (voz de Auli'i Cravalho) desde cedo
recebe um sinal do mar para então pegar uma pedra que pertencia a deusa Te Fit
e devolvê-la. Com restrições do pai, ela sempre tem interesse em navegar pelo
mar, mas somente com a influência de sua avó e percebendo o desequilíbrio
ambiental da sua ilha ela viaja o oceano junto com o galo Heihei para encontrar
o semi deus Maui (voz de Dwayne Johnson) e restaurar o equilíbrio.
Com
gráficos maravilhosos Moana é um filme de detalhes: os movimentos das ondas do
mar, mesmo quando são vistas de cima, são praticamente perfeitos; a textura e
maleabilidade da pele das personagens, com destaque para a avó de Moana, os
movimentos dos cabelos ao vento e até os movimentos sutis de dança que executam.
Estes
detalhes, contudo, não escondem que a narrativa poderia ter sido mais ágil
tirando uma cena que envolve uma espécie de cocos piratas. Tudo bem que a cena
de ação é de tirar o fôlego de tão bem construída visualmente, mas ela não
acrescenta em nada a história, não resultando em consequência alguma após
concluída.
O bom
humor também não pode faltar numa produção da Disney e aqui temos o frango
Heihei que rouba a cena toda vez que aparece. Seu jeito maluco com olhos
grandes e falta de noção do que o cerca garantem boas risadas, inclusive
questionamentos dos próprios personagens acerca de seu jeito bobo. O semi deus
Maui também rende bons momentos, inclusive quando interage com seu eu tatuado
no corpo, funcionando como uma espécie de bússola moral dele. Outro ponto especialmente forte são as canções
(e a versão brasileira é impecável) em que a música tema “Saber Quem Sou” é
muito melhor que a versão nacional de “Let It Go” e não deve em nada a versão
original.
Ancorado
no tema do encontrar seu objetivo no mundo confrontando os anseios dos pais, um
tema que pode soar repetitivo, mas que quando aliado a boas ideias como a dos
criadores de Moana, rendem belas histórias de autoconhecimento, valorização da
humanidade e respeito a natureza. Além do mais, o belo curta metragem “Trabalho
Interno” que vem antes do filme casa perfeitamente com o que citei acima: mais
um acerto dos estúdios Disney.
Domingo,
8 de janeiro de 2017
Por Aquiman Costa
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