Avaliação:
✰✰✰
Tomb
Rider – EUA, 2018
Direção: Roar
Uthaug
Roteiro: Geneva
Robertson-Dworet e Alastair Siddons
Elenco: Alicia
Vikander, Walton Goggins, Daniel Wu e Dominic West.
Sinopse: Lara
Croft é uma aventureira que tenta se distanciar da herança de seu pai, até que
descobre arquivos de uma pesquisa sobre a deusa Himiko que a fazem acreditar
que ele esteja vivo.
Dezessete anos após o
lançamento de Lara Croft: Tomb Rider, interpretada por Angelina Jolie, somos
apresentados a esse reboot que, como o próprio título já sugere, a origem da
aventureira exploradora Lara Croft, curiosamente se passando neste ano de 2018,
o que faz sentido já que nos filmes de 2001 e no esquecível filme de 2003 A
Origem Da Vida, a personagem treina com robôs de alta tecnologia, o que não é
visto aqui em sua origem, o que é bastante interessante.
Aqui somos apresentados a
Lara (Alicia Vinkader), uma garota que gosta de esportes e luta, tenta viver de
forma a não depender da herença de seu pai, um rico arqueólogo que supostamente
morreu. Cheia de lembranças e acreditando que seu pai está vivo, ela parte em
busca de suas pesquisas e vai atrás de uma ilha onde se encontra atumba de uma
deusa chamada Himiko que, se aberta, pode causar a morte de milhões de pessoas.
Não se prendendo em ser
cheio de efeitos visuais e saltos, este A Origem tenta ao máximo ser pé no
chão, adotando uma postura menos mística possível, diferente daqueles vistos no
início dos anos 2000. Mas a história em si é simples, cheia de clichês como o
vídeo póstumo que começa com a frase “se você está vendo esse vídeo é porque
morri” e incoerências enormes como o fato de exploradores permanecerem numa
ilha há 7 anos e nunca encontrarem o local da bendita tumba.
Mas o forte desse filme é
mesmo a Lara Croft interpretada com muito vigor por Alicia Vinkader, ela
transmite força, dor, sofrimento, tristeza e preparo físico, tudo isso pode ser
visto em cenas que a colocam em espécies de obstáculos, como um avião no too de
uma cachoeira - e o fato dela dizer “Sério isso?” em certo momento mostra
justamente a sua reação frente a certos absurdos impostos a ela. Outro detalhe
importante é sua imagem, exibindo músculos e seguindo a narrativa sempre suja,
isso confere um peso maior a sua interpretação, até mesmo quando ela tem que se
esforçar para matar um homem e sente tristeza por ter sido obrigada a fazê-lo.
Em outros momentos ela é convertida em um Rambo feminino, usando inclusive
flechas no meia da floresta. Mesmo acompanhada de Lu Ren (Daniel Wu), Lara
jamais depende deste para se virar, chegando a salvá-lo em vários momentos.
E essa é a diferença da
aventureira interepretada por Vinkader de Jolie, enquanto a última já se
mostrava sempre preparada, com ar de superioridade e grande sensualidade, a
primeira se apresenta cheia de facetas que a humanizam ainda mais.
Por mais boba que seja a
história, é interessante notar que o filme termina ligando pontos e se
preparando para uma continuação. Daqui para frente quem sabe veremos uma Lara
Croft mais confiante, o que espero que não prejudique o bom trabalho de Alicia
Vinkader aqui.
Por Aquiman Costa
quinta-feira, 10 de maio
de 2018.
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