Avaliação: ✰✰✰
Idem –
EUA, 2017
Direção:
Taika Waititi
Roteiro: Eric
Pearson
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett,
Idris Elba, Tessa Thompson, Jeff Goldblum, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony
Hopkins e Benedict Cumberbatch.
Sinopse: Thor
se reúne a Loki, Hulk e Valquíria para impedir sua irmã Hela de tomar Asgard e
também evitar o Ragnarok.
Os
filmes solos do deus do trovão Thor são medianos se comparados aos dos seus
colegas super heróis Homem de Ferro e Capitão América. O primeiro funcionava
mais como uma prévia de Os Vingadores
do que como filme solo, já o segundo... Do que era o segundo mesmo? De qualquer
forma a Marvel sabia que precisava dar uma guinada nas aventuras do deus
nórdico, e pelo menos visualmente o resultado é mais que satisfatório.
Após
os eventos de Vingadores A Era de Ultron
e da morte seu pai Odin (Hopkins) em O
Mundo Sombrio, Thor (Hemsworth) vai em busca de Doutor Estranho (Cumberbatch)
para lhe ajudar, junto a Loki (Hiddleston), para localizá-lo e descobre que tem
uma irmã, Hela (Blanchett), a deusa da morte, que está de volta e pretende
tomar Asgard, além de que ele tem que tentar evitar o Ragnarok, uma espécie de
apocalipse.
Diferente
dos filmes anteriores do herói, o investimento pesado em cores é percebido
assim que vemos os personagens atravessando o portal que os leva a Asgard, bem
como momentos de pura psicodelia visual e estética que beira as ficções científicas
dos anos 70 e 80: por falar nessas décadas ainda ouvimos melodias da música de “Pure
Imagination” de A Fantástica Fábrica de
Chocolates. Mas as referências não terminam por aí, a trilha sonora cheia
de elementos eletrônicos que parecem ter saído de Tron: Uma Odisséia Eletrônica ou Blade Runner se harmoniza com os figurinos extravagantes de seus
personagens, em especial do Grão Mestre de Jeff Goldblum, que aqui (assim como
Korg, que falerei mais tarde) é um dos melhores personagens do filme, surgindo
como uma espécie de Hugh Hefner metido a DJ e cheio de excentricidades. Já Hela
surpreende pelo seu visual e pela forma como transforma seu cabelo em um tipo
de capacete de batalha.
Mas
já que o filme além de colorido se pretende ao humor, este terceiro Thor
entrega seu personagem principal a fazer caras e bocas, gestos desajeitados e
tornando-o quase um bobão, o mesmo pode-se dizer de Mark Rufallo como Bruce
Banner que parece completamente desastrado. Já seu Hulk também vai no mesmo
caminho, só que desta vez a novidade é que ele fala. Na parte de humor, além do
destaque a Goldblum, outro personagem que merece menção é Korg que tem a voz do
diretor deste longa Taika Waititi. Mesmo sendo um monstro robusto à primeira
vista, sua voz ingênua e infantil em busca de uma revolução armada e outras
tiradas revelam os melhores momentos, ainda que o filme em si não seja dos mais
engraçados, coisa que Guardiões da
Galáxia Vol I e II se saem muito melhor.
Essas
mudanças também trouxeram outras novidades: pela primeira vez vemos para além
da cidade de Asgard e seu povo, pequenos simbolismos que podemos associar as
imagens nos tetos do salão de Odin com as obras renascentistas da capela
Cistina, bem como o visual tecnológico e ao mesmo tempo apocalíptico de Sakaar.
Sem contar ainda pequenos jogos de câmera bem elaborados como quando vemos os
personagens caminhando através do chão espelhado.
Os
efeitos visuais, assim como sua fotografia e estética, estão harmonizados e com
saturação máxima. Embora não traga uma história mais aprofundada e se deixe
levar pelo humor se transformando praticamente numa comédia, Thor: Ragnarok dá uma boa recauchutada
em seu personagem e isso já é pelo menos um sinal de que o deus do trovão ainda
tem muitos poderes ocultos.
-Nota:
tem uma cena durante e outra após os créditos finais.
Por Aquiman Costa
Quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário